venerdì 23 ottobre 2009

Bartimeu: um novo “milagre de Jesus”: de mendigo a protagonista da própria historia

O texto do Evangelho do próximo domingo (25 de Outubro) nos apresenta a figura de Bartimeu e o encontro dele com Jesus.
Quem era Bartimeu? O Evangelho o apresenta como “filho de Timeu, cego e mendigo, sentado a beira do caminho”.
O que acontece? “Bartimeu escuta que Jesus esta passando próximo dele, começa a gritar, a implorar ajuda, grita mais forte quando companheiros o reeprendem, pula ate Jesus, fala com Jesus dizendo que quer ser curado e depois de ter recuperado a visão acompanha Jesus na caminhada”

O enredo do texto é muito linear: poderíamos dizer que se trata de mais um milagre de Jesus.
A pergunta que faço para cada um e cada uma de nós é a seguinte: qual é o verdadeiro “milagre” a ação de Jesus que doa novamente a visão a Bartimeu ou a coragem de Bartimeu que tem a força de se rebelar a situação de exclusão que estava vivendo, vence as dificuldades e supera os obstáculos e se empodera novamente da própria dignidade, volta a se considerar como “gente”?

Pessoalmente acho que o verdadeiro “milagre” acontece quando  a coragem, a força de vontade, a dignidade das pessoas se encontram com a palavra libertadora do Evangelho, com a pessoa de Jesus. O “milagre” não pode acontecer quando falta a vontade de se liberar da exclusão, das injustiças que nos deixam a beira da estrada mendigando.

Não é uma caminhada fácil, não é uma decisão que os tantos “Bartimeu” que se encontram excluídos a beira da estrada podem tomar sozinhos: precisa também da ajuda da comunidade.
Eis ai a importância da comunidade cristã, do grupo ou da pastoral e o texto do evangelho que será proclamado o próximo domingo nos apresenta duas tipologias de comunidade diferentes.
A primeira é aquela que “manda calar a boca” aos tantos Bartimeu, aos tantos excluídos, aos sem voz e vez:  a segunda é aquela que esta caminhando com Jesus, se aproxima de Bartimeu e cria as condições para que ele possa “pular” até Jesus e a sua palavra de libertação.

Jesus não faz “milagres” sozinho: ele precisa da fé, da força de vontade, da coragem de cada um e de cada uma de nós, mas precisa também de uma comunidade que se faça próxima dos “doentes”, dos excluídos da sociedade e que crie as condições para que essa fé, essa força de vontade, essa coragem possam se encontrar com a boa nova do Evangelho.

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